quinta-feira, 25 de março de 2010

Esqueci!!!

Caros, 4 ou 5 leitores, provavelmente já aconteceu de vocês estarem andando pela rua. Fazendo compras. Traindo sua namorada(o) no dia dos namorados com a melhor amiga(o) dela(e) no shopping, ou como no meu caso em uma festa, quando uma criatura para em sua frente. Ela te olha. Você olha. Vocês se olham. Você pensa: E agora? Será que eu perdi algum dente ou algum criminoso, assassino, seqüestrador se parece muito comigo e apareceu ontem no “Linha Direta”.
Nada acontece. Ela arregala os olhos e balança os ombros como se estivesse esperando que você dissesse alguma coisa. “O que dizer? Olá? Não, vou parecer um pateta. Já sei!
- Oi – você diz.
- Oi – ela diz.
Humm... interessante.
- Então. Você não se lembra de mim? – ela pergunta sorrindo.
Você não se lembra.
Vasculha suas memórias procurando por aquele rosto. Nada. “Agora fudeu” pensa.
Três possibilidades passam pela sua cabeça.
1 – Ser honesto e dizer que não. Mas é óbvio que você não escolhe essa. Não correria o risco de desapontar uma dama dizendo que a passagem dela pela sua vida, mesmo que talvez breve, não tenha sido de nenhum significado para você, em absoluto.
2 – Colocar a mão na cabeça e fazer sinal de desespero. “Está na ponta da língua... ai... seu nome é...” e rezar para que ela note seu desespero e diga o nome, assim você tem um nome para juntar com o rosto e se lembrar da criatura.
3 – Dizer: Mas é claro que sim!!! Como eu poderia me esquecer de você. E dessa vez rezar para que ela não desconfie e te teste perguntando “Quem sou eu então?” Porque aí sim você pode encher o peito e dizer com vontade “Agora fudeu mesmo”
- Mas é claro que sim!!! Como eu poderia me esquecer de você – essa foi a minha escolha.
Ela sorri.
- Por um momento achei que você não estava se lembrando.
Você ri tentando parecer calmo.
- Imagina, tenho memória de elefante. Só estava te testando.
- Lembrei de você outro dia. – ela diz. Você gela.
Tenta pegar sua língua do chão sem ela perceber.
- Por quê? – você diz aliviado por ter achado uma solução.
- Ah! Eu encontrei com a Amanda e a gente falou daquele dia.
Amanda... agora você tem um outro nome para pesquisar no banco de dados mental, o único problema é que você só conhece umas seis Amandas. “Droga. Porque não podia ser um nome mais raro tipo Naysete ou Jênina? Assim ficaria fácil”
Ela te olha novamente, dessa vez você pode sentir seus olhos te julgando, procurando qualquer sinal de dúvida em você.
Você realmente pensa em sair correndo ou fingir um ataque epiléptico e ainda pensa: como seria bom se ela fizesse respiração boca a boca em você.
- Você não se lembra né? – ela diz desapontada.
É claro que você ainda pode continuar fingindo que sabe quem ela é e jurar até a morte, mas isso apenas seria um jeito de prolongar seu sofrimento. Você então opta pela verdade e acabar logo com aquilo.
- Não. Desculpa – você faz uma cara triste e ainda completa com uma piadinha para quebrar o gelo – Se você tivesse perguntando antes da décima cerveja eu podia ter lembrado.
Ela, obviamente, não ri.
- Brincadeira!! Vocês homens são todos iguais!!
Ela vai embora com raiva e você... bem, você sabe muito bem o que aconteceu... VOCÊ SE FUDEU.

3 comentários:

  1. Eu quase não tenho esse problema, as pessoas é que não lembram de mim ou fingem que não me conhecem. =D *anti-social*

    Mas ano passado fizemos um amigo-chocolate na van em que volto pra casa (da faculdade), e eu disse sinceramente: "Então, eu sei quem eu tirei mas não lembro quem é a pessoa." Foi triste.

    ResponderExcluir
  2. - POAPAOPAOPAOAPOP
    nussa eu ri,isso ja aconteceu comigo
    varias vezes *__*
    ameei <3

    ResponderExcluir
  3. Ri muito! [e alto]
    Sua forma de transcrever as coisas é muito gostosa de se ler! ;)

    ResponderExcluir