terça-feira, 30 de março de 2010

Pé No Saco!

Quando eu era pequeno, meus pais sempre diziam que eu era “tímido para comida” o que na verdade é um eufemismo pra “pé no saco” que os fazia passar vergonha quando íamos comer na casa de parentes que se achavam chiques, principalmente quando ainda morávamos na Inglaterra, servindo comidas estranhas com nomes mais estranhos ainda e o pior era: que o gosto, mesmo quando era bom (o que era raro) não se comparava ao McDonald’s ou a comida do Ocean Side que era meu restaurante favorito em Brighton.
Mas, o que eu ia fazer? Afinal eu tinha um lema: Se eu não reconhecesse a comida de primeira, preferia não correr o risco.
Como eu sempre fui o cara mais sortudo que não existe, ainda tive o prazer (sendo gentil para manter os laços familiares) de ter uma tia que fazia culinária e meus pais, que suspeito terem me seqüestrado de algum lugar, tinham a brilhante ideia de convidá-la para cozinhar lá em casa nos fins de semana.
Era até bom porque minhas primas e meu avô sempre iam, mas a parte boa era até chegar a comida... e meus amigos, digo isso chorando... (meu coração deu até um soluço aqui, pelo menos eu acho que foi isso... se não for acho melhor ir num médico quando eu terminar isso) era pavorosa, sinceramente não posso falar do gosto porque eu nunca realmente comi. Meus pais ainda tentavam me encurralar com lógica:
- Como você sabe que não gosta se você nunca experimentou?
Hum... eu sou mais teimoso que isso.
- Não sei mãe, me veio em um sonho!!!
Meu avô era o único a rir, deve ser por isso que eu nunca pensei em anunciá-lo no mercado livre. Por falar nisso compradores em potencial, tô vendendo um pai e uma irmã, e não aceito devoluções.
Minha mãe e meu pai ficavam com mais raiva ainda quando meu avô ria, mas fazer o que? Ele era um cara honesto, sempre me levava escondido pra comer bobagem na praia ou no shopping.
Mas, houve então, aquela tarde fatal, minha tia falou pra mim escolher então o que ela ia fazer de um livro de receitas.
Eu besta como eu mesmo, aceitei e comecei a folhear. A primeira coisa bonita que parecia ser gostosa, que eu nem me lembro o que era, eu escolhi. Ela então se enfiou na cozinha igual uma bruxa em sua vassoura. (por falar nisso: se alguém tiver uma vassoura sobrando em casa eu estou precisando, minha ex fugiu na minha)
Continuando... todos na mesa, ela coloca a travessa na minha frente.
- O que é isso? – eu perguntei inocentemente.
Ela olhou pra todo mundo e riu.
- Foi o que você escolheu.
- Ah não foi mesmo. A que eu escolhi parecia ser gostosa.
- Mas você nem experimentou ainda.
Eu olhei desconfiado, naquele ponto aquela proposta podia se tratar de uma tentativa de assassinato contra minha quase pessoa.
Levantei e fui correndo pegar o livro de receitas, abri na página que eu tinha escolhido e levantei o mais alto que eu consegui... uns 4 centímetros.
- Tá vendo? Isso não é o que eu pedi. Isso aí tá verde.
Empurrei o livro na direção da cara dela e falei:
- Isso parece verde pra você?
Meus pais continuaram calados o tempo todo, até que meu avô quebrou o voto de silêncio e falou:
- Huh... eu acho que essa coisa verde aí não deve estar muito boa mesmo não. Como estou com fome eu e o Willzinho vamos sair e comer fora.
Ninguém falou nada e nós saímos.
Até hoje minha tia, mesmo depois de mais de 10 anos me odeia por aquele dia.
Eu, é claro, continuei envergonhando meus pais. Infelizmente não dá pra falar tudo aqui por acho que ninguém vai ter paciência de ler isso tudo. rs

sábado, 27 de março de 2010

Amores De Verão

Quem nunca teve um amor de verão? Todos já devem ter tido pelo menos uma paixãozinha enquanto passavam férias visitando os avós em alguma cidade no fim do mundo com nada pra fazer, ou visitando parentes em algum lugar legal pelo mundo, e vemos pela primeira vez aquela garota com um olhar lindo e aquele sorriso que só de pensar te faz sorrir igual uma criança, lembrando das noites que passava sem dormir pensando no que ia dizer quando a visse no próximo dia, como era bom não ter nada pra fazer ou se preocupar e aproveitar uma forma de amor que nunca volta, sem compromisso, só diversão.
Resolvi postar a letra de uma música que sempre me lembra do meu amor de verão que tive durante minhas férias em Brighton, sem ter horário pra nada enquanto saia com amigos e aprontávamos pelo píer, olhando as meninas mais velhas que nem olhavam direito pra gente, bebendo escondido e rindo das coisas mais idiotas que conseguíamos inventar.

Kid Rock – All Summer Long.

Era 1989, meus pensamentos estavam curtos, meu cabelo longo
Preso em algum lugar entre garoto e homem
Ela tinha 17, mas estava muito adiantada
Era verão no norte de Michigan

Nos jogando na areia
Conversando em frente à fogueira
São as coisas simples da vida, como “quando” e “onde”
Não tínhamos internet
Mas, cara, nunca vou esquecer
O jeito que a luz da lua brilhava no cabelo dela

E estávamos experimentando coisas diferentes
Fumando coisas engraçadas
Fazendo amor perto do lago escutando nossa música favorita
Bebendo whiskey da garrafa, sem pensar no amanhã
Cantando “Sweet home Alabama” o verão inteiro

Pegando peixes das docas
Vendo as ondas bater nas pedras
Ela, pra sempre, terá um lugar especial em minha alma
Brilhávamos no sol
Mal podíamos esperar pra noite chegar
Pra chegar naquela areia e tocar Rock And Roll

Enquanto experimentávamos coisas diferentes
E fumávamos coisas engraçadas
Fazendo amor perto do lago escutando nossa música favorita
Bebendo whiskey da garrafa, sem pensar no amanhã
Cantando “Sweet home Alabama” o verão inteiro

Agora nada parece tão estranho como quando as folhas começam a mudar
Oh... como achávamos que aqueles dias nunca acabariam
Ás vezes ouço aquela música e começo a cantar junto
E penso cara, eu queria muito ver aquela garota novamente.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Eu Te Amo!

Você sempre disse que eu nunca falei “Eu te amo” o suficiente, que eu não falo o que eu sinto. Sou muito fechado e não te mostro quem sou de verdade, sempre sou irônico quando você quer conversar sobre alguma coisa séria e sempre te decepciono. 

Eu sei que nunca te disse todas as coisas que você sempre quis escutar, ou te mostrei tudo que você sempre sonhou. Acho que ás vezes só o amor não é o suficiente.

Mas, o importante é que eu tentei, todos falam que nós aprendemos com nossos erros, acho que eu já provei que essa teoria está errada, ou talvez seja eu que nunca aprendo e continuo batendo de frente na mesma parede 

Já está acabado há muito tempo, e não existe uma razão sequer pra fingir que as coisas continuam as mesmas, nós brigamos mil vezes em um dia e nos divertimos outras mil em uma hora, mas sempre quando me lembro de você sinto que tem alguma coisa que eu não falei ou que falei demais o que era irrelevante. 

Você não sabe quantas vezes eu contei todas as coisas que saíram erradas ou as oportunidades que perdi quando estava muito ocupado com outras coisas. Me lembro de todas as lágrimas que fiz você chorar, mas nunca me lembro de todos os sorrisos ou das vezes que eu te surpreendia com coisas idiotas que te faziam sorrir como se não tivesse nenhum problema acontecendo e via em seu olhar que “pra sempre” talvez existisse de verdade. Coloquei isso no blog para que todos possam ver que eu não tive medo de admitir que eu fiz várias coisas erradas e muito menos de dizer que eu te amei, pode ser que não faça diferença alguma, mas vou correr esse risco mesmo assim. Eu sei que é tão ridículo tudo que eu falei e um pouco tarde demais, mas sinto que te devia isso. 
Mim demais você amar! 


quinta-feira, 25 de março de 2010

Esqueci!!!

Caros, 4 ou 5 leitores, provavelmente já aconteceu de vocês estarem andando pela rua. Fazendo compras. Traindo sua namorada(o) no dia dos namorados com a melhor amiga(o) dela(e) no shopping, ou como no meu caso em uma festa, quando uma criatura para em sua frente. Ela te olha. Você olha. Vocês se olham. Você pensa: E agora? Será que eu perdi algum dente ou algum criminoso, assassino, seqüestrador se parece muito comigo e apareceu ontem no “Linha Direta”.
Nada acontece. Ela arregala os olhos e balança os ombros como se estivesse esperando que você dissesse alguma coisa. “O que dizer? Olá? Não, vou parecer um pateta. Já sei!
- Oi – você diz.
- Oi – ela diz.
Humm... interessante.
- Então. Você não se lembra de mim? – ela pergunta sorrindo.
Você não se lembra.
Vasculha suas memórias procurando por aquele rosto. Nada. “Agora fudeu” pensa.
Três possibilidades passam pela sua cabeça.
1 – Ser honesto e dizer que não. Mas é óbvio que você não escolhe essa. Não correria o risco de desapontar uma dama dizendo que a passagem dela pela sua vida, mesmo que talvez breve, não tenha sido de nenhum significado para você, em absoluto.
2 – Colocar a mão na cabeça e fazer sinal de desespero. “Está na ponta da língua... ai... seu nome é...” e rezar para que ela note seu desespero e diga o nome, assim você tem um nome para juntar com o rosto e se lembrar da criatura.
3 – Dizer: Mas é claro que sim!!! Como eu poderia me esquecer de você. E dessa vez rezar para que ela não desconfie e te teste perguntando “Quem sou eu então?” Porque aí sim você pode encher o peito e dizer com vontade “Agora fudeu mesmo”
- Mas é claro que sim!!! Como eu poderia me esquecer de você – essa foi a minha escolha.
Ela sorri.
- Por um momento achei que você não estava se lembrando.
Você ri tentando parecer calmo.
- Imagina, tenho memória de elefante. Só estava te testando.
- Lembrei de você outro dia. – ela diz. Você gela.
Tenta pegar sua língua do chão sem ela perceber.
- Por quê? – você diz aliviado por ter achado uma solução.
- Ah! Eu encontrei com a Amanda e a gente falou daquele dia.
Amanda... agora você tem um outro nome para pesquisar no banco de dados mental, o único problema é que você só conhece umas seis Amandas. “Droga. Porque não podia ser um nome mais raro tipo Naysete ou Jênina? Assim ficaria fácil”
Ela te olha novamente, dessa vez você pode sentir seus olhos te julgando, procurando qualquer sinal de dúvida em você.
Você realmente pensa em sair correndo ou fingir um ataque epiléptico e ainda pensa: como seria bom se ela fizesse respiração boca a boca em você.
- Você não se lembra né? – ela diz desapontada.
É claro que você ainda pode continuar fingindo que sabe quem ela é e jurar até a morte, mas isso apenas seria um jeito de prolongar seu sofrimento. Você então opta pela verdade e acabar logo com aquilo.
- Não. Desculpa – você faz uma cara triste e ainda completa com uma piadinha para quebrar o gelo – Se você tivesse perguntando antes da décima cerveja eu podia ter lembrado.
Ela, obviamente, não ri.
- Brincadeira!! Vocês homens são todos iguais!!
Ela vai embora com raiva e você... bem, você sabe muito bem o que aconteceu... VOCÊ SE FUDEU.

quarta-feira, 24 de março de 2010

10 Coisas Para Se Dizer:

Para vocês que são atacados por perguntas óbvias o tempo todo, inventei uma lista com 10 Coisas para se dizer quando você sai do banho todo molhado e de toalha e alguém pergunta: Tomou banho?
No caso a vitima que me perguntou se eu havia tomado banho foi minha miguxa Gaby e ela foi premiada com a resposta número 3. rs
Gaby eu te adolo. ;)

1 – O que você acha? Pensa bem.

2 – Não, aconteceu de eu estar passando pelo banheiro, nu, quando o chuveiro acordou e me jogou água.

3 – Não, não mesmo. Só fui checar se minha máquina do tempo está funcionando, mas... a menos que essa água seja do passado. NÃO ESTÁ!

4 – Qual o seu problema? É retardado (a) ou alguma coisa?

5 – Banho? O que é isso?

6 – De jeito nenhum. Eu só entrei debaixo do chuveiro e me molhei para passar aqui.

7 – Quem? Eu? Não.

8 – Não. Eu ando assim mesmo pela casa e estou molhado porque acidentalmente o elefante que dorme comigo no meu quarto espirrou enquanto cantava para mim uma música que ele escreveu para a girafa da vizinha do 402.

9 – (Simplesmente ignore. Essa criatura não merece uma resposta, mas se você for uma pessoa muito educada, até com animais, diga: Sim)

10 – É claro que eu tomei banho, mas é um mistério para a minha pessoa o que te passou essa dica, já que é perfeitamente comum para uma pessoa levantar da cama MOLHADA, colocar uma toalha e sair andando pela casa. 


terça-feira, 23 de março de 2010

O Ataque Do Bob Esponja

Na minha época, a renascença, esse tipo de história era contada quando dormíamos na casa de um amigo, ou amiga (se os pais dela fossem “hiper” legais, o que era difícil) Sempre começava do mesmo jeito: “Essa história que vou contar aconteceu de verdade com um amigo de um amigo de uma amiga minha”

Era uma noite chuvosa (mentira, era dia e fazia sol), eu estava sentado inocentemente no computador da minha irmã, quando de repente, desavisadamente, senti umas mãozinhas borrachentas caminharem calmamente pelas minhas costas. Quando olhei para trás, o que vi mudou minha vida completamente (bobagem) o Bob Esponja pulou com suas mãos indo de encontro ao meu pescoço e enquanto me sufocava, eu tentava desesperadamente me soltar de suas mãos amarelas. Após várias horas (minutos) de luta, eu finalmente consegui me livrar deste monstro dentuço jogando-o no chão.
Enquanto me recuperava desta luta sangrenta (Ãhn?) ele rastejava de volta na minha direção. Me preparava para um novo round quando minha irmã entrou no quarto e o Bob voltou correndo para a cama da minha irmã, onde permaneceu estático como um boneco.
Mas para minha sorte e para o propósito de provar o ataque ele foi capturado em uma das câmeras do DETRAN enquanto me agarrava (quem diria? Realmente existe uma câmera do DETRAN em qualquer lugar, até no quarto da minha irmã). Apesar do Bob não ter sido multado, consegui minha prova.

Obs: O Bob Esponja não foi ferido durante a captura da foto.
Obs2: O ministério da saúde adverte: Não tente isso em casa.

Sacanagens Do Meu Pai

Resolvi colocar esse post de uma das coisas engraçadas (ou não) que acontecem comigo com certa regularidade. Tenho certeza que muitas pessoas vão se identificar com o que aconteceu. rs

Na quinta-feira passada eu estava trabalhando normalmente como todos os dias, bem, não exatamente como todos os dias, porque dessa vez de fato eu estava trabalhando (eu sei, eu sei, milagres acontecem) quando meu pai entrou na minha sala com cara de poucos amigos e disse:

- Will, cancela seus planos para o fim de semana que um amigo meu de Uberlândia vai se casar e eu prometi que nós iríamos.

Ele automaticamente se virava já querendo ir embora, como se o anúncio fosse normal, tipo, por exemplo, "Não se esqueça de comprar o pão"

- Peraí pai! - gritei.

Ele voltou e parou na porta, no mesmo lugar.

- O que foi, filho? - Primeiro sinal de que ele achava que tinha alguma coisa errada: ele me chamou de filho. Na mente dele devia estar passando "Droga, ele não caiu. Vou ter que explicar" (Pode apostar que vai!!!)

- Há quanto tempo você já sabia deste casamento? - perguntei.

- Quando ele me avisou.

Humm... enrolando. 

- E quando foi isso exatamente? - perguntei desconfiado.

- Uns dois meses atrás.

QUE ÓTIMO!!! Meu pai só resolve me avisar faltando um dia pra viajar, normal. =/

- E porque você não me avisou antes?

- Eu esqueci, achei que sua mãe ia te avisar.

(Barulho de queixo caindo na mesa)

- Ela sabia? E a Juh?

- Também.

(Barulho de queixo quebrando a mesa e caindo no chão)

Detalhe: Minha irmã passa dias sem ver meu pai, eu o vejo todos os dias. Como eu consigo ser o último a saber?

- E quem está casando?

- O Frederico. 

Permaneci olhando 

- Quem é Frederico? - perguntei.

- Você sabe - deu uma pausa - O Frederico.

Nunca ouvi falar de Frederico nenhum.

- Não pai. Eu não sei.

- Sabe sim, ele te pegou no colo quando você tinha uns 3 anos.

- Xi!!! pai. Como será que eu esqueci dele, ele me pegou no colo quando eu tinha uns 3 anos de idade. Será que eu perdi essa memória? Deixa eu procurar na gaveta. Não está aqui. Ah... já sei!!! Eu devo ter esquecido essa parte da memória em casa, quando eu pegava outra de num sei, tipo: UNS 15 ANOS MAIS RECENTE!!!

Ele não falou nada.

- Tá bom pai. Nós vamos amanhã?

- É. Desculpa se eu atrapalhei seus planos pro fim de semana.

- Que isso pai. Eu posso remarcar aquela cirurgia que estava marcada a dois anos atrás para sábado agora. Sabe? Aquela que pode me salvar? Com certeza, dessa vez eles marcam pra menos tempo, acho que só um ano e meio. 

Ele não riu. (Eu não tinha cirurgia nenhuma, só pra esclarecer. rs) 

Conclusão: Tive que ir. :(

Porque Eu Não Acredito Em deus.

Eu fiz esse blog com o intuito de colocar coisas divertidas e interessantes sobre mim e outras variedades para os meus amigos e para o pessoal que se interessasse, mas saindo um pouco do divertido e falando sobre um tema sério ao qual muitas pessoas me ignoram ou me crucificam pelo fato de eu não acreditar em deus, (Eu sei que a palavra deus é escrita com D maiúsculo, mas em nenhum texto que eu já escrevi ou irei escrever estará escrito com D maiúsculo, pelo fato de ser um protesto de minha parte, e repito: Protesto, não desrespeito pelos que acreditam) 

Enfim, a razão desse post é explicar minhas razões para que assim evite que todos me perguntem e me olhem como uma aberração por este fato que de nada afeta a vida dos que acreditam.

A lógica mais simples para se concluir que deus não existe é a sua própria definição que é: um ser supremo, dotado de Onisciência (capacidade de saber tudo infinitamente, incluindo pensamentos, sentimentos, vida, passado, presente, futuro, e todo universo) • Onipotência (propriedade de um ser capaz de fazer tudo) e Onipresença (capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo).

Uma das justificativas mais usadas para as coisas ruins que acontecem com a gente e deus não faz nada: é que ele nos deu livre-arbítrio. Agora... porque um ser que sabe tudo inclusive o passado e o futuro, portanto com certeza sabia que isso seria uma péssima ideia, nos deu esse “presente” assim mesmo?

Outra lógica para se chegar à conclusão de que ele não existe é: Na bíblia (livro de deus) está escrito que nós fomos feitos a imagem e semelhança de deus. Então por que não possuímos Onisciência, Onipotência e Onipresença? Ao invés disso somos seres que sempre erramos e não sabemos de nada. Eu sou o único que acha que tem alguma coisa errada aí?  

Sem contar que existem várias religiões pelo mundo, algumas que não acreditam em “nosso” deus e acreditam em outro. Todas as religiões possuem milhares de seguidores que acreditam com total certeza ser real o seu deus. 
Todas as religiões não estão certas, mas as características de crentes são basicamente as mesmas. Não é possível que o nosso “deus” seja o errado?  

O fato é que a própria religião se contradiz em vários fatos. Sempre que alguma coisa que eles dizem é provada como errada ele buscam outra razão mirabolante para aquilo, mas para os que juntam tudo e realmente pensam sobre isso é muito fácil chegar a conclusão de que ele simplesmente NÃO existe.

Agora as perguntas mais comuns dos que duvidam de deus são:

Pergunta: Porque ele permite tanta maldade e tragédias acontecerem com pessoas boas por todo o mundo?  
Resposta dos que acreditam: Ele não pode estar em todos os lugares e proteger todos ao mesmo tempo.
Minha reposta: Ele possui Onisciência, então pode saber todos os que iriam ser vitimados na tragédia, onde está aconteceria e o porque. Ele também possui Onipresença, então ele pode estar em todos os lugares e salvar todos ao mesmo tempo, afinal, ele nos ama e sempre quer o nosso bem. Porque ele não faz só tem duas possibilidades: Ou ele não existe ou ele é um deus muito ruim e não se importa com a gente.

Pergunta: Porque ele deixa uma criança nascer com uma doença que além de causar muita dor e tristeza resultará na morte da criança. 
Resposta dos que acreditam: Ele está testando a fé de vocês, ele quer que vocês aprendam e fiquem mais forte.
Minha resposta: Se eu pegasse uma criança inocente e a fizesse sofrer por meio, por exemplo, de uma tortura para que os pais e familiares dessa criança pudesse aprender alguma coisa ou até mesmo testar a fé deles em deus, todos me veriam como uma pessoa horrível. Porque não acham isso de deus? Ele tem todo o poder do mundo, ele pode fazer qualquer coisa, como dizem os crentes: “Para deus nada é impossível”.  

Abaixo coloquei outras explicações.

Para deixar mais claro eu acredito que a religião inventou deus, isso não é só minha opinião. Alguns amigos meus que cursavam filosofia me contaram que na primeira aula o professor perguntou: “deus nos criou? Ou nós criamos deus?” a resposta foi que nós criamos deus.
Ainda podemos chegar a essa conclusão simplesmente por estudando história antiga, desde mais de dois mil anos atrás, quando a religião foi intensificada usando reis e papas, onde os papas eram a linha direta de deus para se comunicar com as pessoas e os reis eram os escolhidos por deus para governar.
Não é segredo para ninguém que naquela época os papas e reis eram ditadores terríveis, que usavam o medo para governar e a principal causa desse medo era deus. Já que pregavam que deus estava em todos os lugares, via tudo o que fazia, ouviam seus pensamentos e quem não trabalhasse e cumprisse as funções necessárias para estes que detinham o poder seriam punidos por deus. Se alguém nascesse com alguma doença ou viesse a adquirir uma no curso de sua vida era considerada punição de deus por que haviam feito alguma coisa errada.
Todos fingiam amar deus por medo deste, que podia ver e ouvir tudo puni-los.


sábado, 20 de março de 2010

Quem Sou Eu?

Eu sou um homem moderno. Um homem do milênio, digital e livre de cigarros, sou diversificado, multi-cultural, um desconstrucionista pós-moderno. Politicamente, anatomicamente e ecologicamente incorreto.

Sou um descrente e bem sucedido.
Ando atrás, mas estou à frente da moda.
Viajando, mas em casa.
Baixo custo. Alta manutenção. Sou último modelo e duro muito, possuo alta definição, ajo rápido. Saído do forno e construído para durar. “I’m a hands-on. Footloose”

Eu fui uploaded e downloaded, eu sei o lado bom de diminuir e o lado ruim de aumentar.

Eu sou um estado de arte no limite, bi-lateral, multi-tarefas e posso te dar um gigabyte em um nano segundo.

Eu sou atual, mas antiquado e minha criança interior está do lado de fora. Sou ativado por voz e biodegradável, faço parte de uma database, minha database está no Cyberspace então sou interativo. Sou hiperativo e de tempos em tempos... sou radioativo.

A frente da curva, andando na onda, desviando da bala, colocando o terno preto. Estou no ponto, atarefado, informado e sem drogas.

Não preciso de cocaína e LSD, não preciso de bebedeira e purificação. Estou no momento, no limite, em cima de tudo, mas fora do radar.

Tenho alcance médio, missionário balístico; uma bomba inteligente. Uso roupas poderosas, conto mentiras poderosas, tiro cochilos poderosos e sempre venço a corrida.

Sou um total andante pé grande, um fazedor de chuva com uma superação proativa, um nervoso viciado em trabalho, estou trabalhando no nervosismo, fora da reabilitação... e em negação.

Já tive um Personal Trainer, um Personal Shopper, um Assistente Pessoal e uma Agenda Pessoal. Você não pode me calar, você não pode me derrubar. Porque eu sou incansável e wireless. Sou um macho Alfa com bloqueadores Beta.

Sou são... mas com problemas.
Prematuramente pós-traumático.
Tive uma namorada amada que me mandava e-mails odiosos.
Mas estou sentindo, estou cuidando, estou curando, estou compartilhando.

Minhas despesas estão baixas, mas minha renda está alta e minha fonte de renda tem seu próprio fluxo de caixa.
Sempre pego um atalho em um caminho longo.
Leio e-mails bobos e como bobagem.

Gosto de sexo selvagem, e amor duro. Uso a palavra com M nos e-mails, e meu software no meu Hard Drive é Hardcore, não Soft porn.

Comprei um microondas em um mini mall.
Como Fast Food devagar.
Sou grátis.
Pronto para vestir e venho em todos os tamanhos.
Totalmente equipado, autorizado de fábrica.
Clinicamente aprovado, cientificamente formulado, um milagre médico.
Eu fui pré-lavado, pré-cozinhado, pré-aquecido, pré-assistido, pré-aprovado, pré-embalado, atrasado e secado em gelo. Dobrado duas vezes.

Eu sou um cara rude, mas sou original, inclinado e mau, preparado, armado e pronto pro Rock. Sou bravo, valente e nunca blefo. Vou sempre devagar, vou com a correnteza, ando na onda, deslizo com meu passo. Dirigindo e andando. Navegando e nadando. Cantando e dançando. Lamentando e vencendo.
Não descanso, portanto não perco.
Mantenho o pé no acelerador e o carro na estrada.
Festejo animado.
E a hora do lanche é a hora do crunch.
Estou me segurando, não há dúvida e estou me segurando forte.
Câmbio e desligo.